quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Presidente Da Indonésia Alerta Do Encarecimento Dos Alimentos

 O presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, alertou nesta quinta-feira que o aumento dos preços dos alimentos eleva a inflação, a pobreza e a fome com graves consequências políticas e sociais.
Yudhoyono disse no Fórum Económico de Davos que a recuperação económica global é atualmente "lenta e desigual" e está mantida a incerteza.
A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) publicou nesta quinta-feira um guia atualizado que pretende "orientar" e "ajudar" aos países afetados nos últimos anos pela alta dos preços dos alimentos.
A organização informou no início de Janeiro que os preços dos alimentos superaram os níveis da crise de 2008 e adverte que ainda poderiam subir mais.
Os índices da FAO dos preços do trigo, da farinha, do açúcar e da carne estão acima dos recordes registrados durante a crise alimentícia de verão de 2008.
O presidente da Indonésia advertiu ainda em Davos que o mundo "deve preparar o crescimento da população no médio e longo prazo".
Neste ano, a população mundial se aproxima de 7 bilhões de pessoas e chegará aos 9 biliões até 2024, o que vai gerar uma pressão sobre alimentos, energia, água e outros recursos, diz Yudhoyono.
Neste sentido, Yudhoyono alertou que "a próxima guerra ou conflito económico pode levar ao risco da falta de recursos".
Destacou o aumento das economias emergentes em muitas partes do mundo e considerou que a recente crise financeira não foi só sintomática dos aspectos estruturais que enfrenta o mundo desenvolvido.
Muitas destas economias emergentes estão na "Ásia, que é mais que China, Japão e Índia", segundo Yudhoyono, quem avaliou a importância de outros países do sul do continente.
A diretora geral do Banco Mundial, Ngozi Okonjo, advertiu em Davos que "a alta dos preços dos alimentos e a volatilidade são uma grave ameaça para a economia global e a estabilidade social".
No entanto, Okonjo, antiga ministra de Finanças e de Assuntos Exteriores da Nigéria, considerou que não deveria regular excessivamente os mercados de matérias-primas.

Fonte:noticias.terra

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