segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Portugueses Deram Mais De Três Mil Toneladas De Alimentos

Os Bancos Alimentares Contra a Fome recolheram em Portugal este fim-de-semana um total superior a 3.250 toneladas de géneros alimentares na campanha realizada em mais de 1.147 superfícies comerciais.
A quantidade agora recolhida compara com 2.490 toneladas recolhidas em Dezembro de 2009, ou seja, um acréscimo de mais de 30%, o que constitui um recorde absoluto desde que estas campanhas de recolha se efectuam em Portugal.
"As quantidades de géneros recolhidos este fim-de-semana, que, apesar da profunda crise económica que afecta o País, constituem um recorde absoluto, mostram que os cidadãos Portugueses são intrinsecamente generosos e aderem inequivocamente a projectos cujos objectivos compreendem", salienta Isabel Jonet, presidente da Federação dos Bancos Alimentares contra a Fome.Esta responsável acrescenta que se mostrou que " é possível reagir, sem desesperança, tomando entre mãos e contribuindo com aquilo que está ao nosso alcance para a resolução dos problemas mais prementes que afectam a nossa sociedade.
Os géneros alimentares recolhidos serão distribuídos a partir da próxima semana a mais de 1800 Instituições de Solidariedade Social que os entregam a cerca de 280 mil pessoas com carências alimentares comprovadas, sob a forma de cabazes ou de refeições confeccionadas.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

IBGE Indica Que Milhões De Brasileiros Ainda Passavam Fome

RIO DE JANEIRO - O número de domicílios brasileiros onde as famílias admitem que não têm alimentos em quantidade e qualidade adequadas diminuiu de 34,9% para 30,2%, entre 2004 e 2009. Mas cerca de 11,2 milhões de pessoas no país ainda convivem com a fome. A proporção de domicílios com brasileiros nessa condição, no entanto, tem diminuído ao longo dos anos, passando de 7% para 5%, no período.

As constatações são do suplemento Segurança Alimentar, elaborado com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do ano passado. O documento, divulgado hoje (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), classifica os graus de insegurança alimentar e aponta que 65,6 milhões de brasileiros não se alimentam direito.

Desse total, 40,1 milhões (20,9% da população total) convivem com a forma leve de insegurança alimentar (quando admitem que pode faltar dinheiro para comida). Mais 14,3 milhões estão na situação moderada – casos em que, no período de três meses anteriores à pesquisa, houve restrição de comida. Os demais (11,2 milhões) passam pela privação de alimentos, a insegurança alimentar grave.

De acordo com a presidente da Ação Brasileira pela Nutrição e Direitos Humanos (Abrandh), Marília Leão, apesar da evolução dos indicadores no últimos anos, o dado revela um problema dramático: a fome. "Quando encontramos domicílios em situação de insegurança alimentar grave significa que efetivamente houve episódios de fome, inclusive em crianças", afirmou.

"Temos que considerar essa situação porque a fome implicará prejuízos grandes no perfil nutricional e no desenvolvimento delas. Consequentemente, no potencial que essas crianças têm como pessoa", completou Marília, que também integra o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), do governo federal.

Com a queda do percentual de insegurança alimentar entre 2004 e 2009, cerca de 7 milhões de pessoas melhoraram suas condições. É o caso da empregada doméstica Lurdes Ludugério moradora de Niterói. Ela conta que, depois que a família passou a receber dinheiro de programas de transferência de renda, a alimentação melhorou, principalmente a dos cinco netos.

"Compramos bem mais comida do que antes do Bolsa Família", afirmou. É a filha mais velha, que vive com ela na mesma casa, a beneficiária do cartão do governo. No momento, a moça está desempregada.

A maior parte da população com fome no país está no Norte (9,2% dos domicílios) e no Nordeste (9,3%). No Sul e no Sudeste, os percentuais não chegam a 3%. Diferenças também são verificadas em relação à situação dos domicílios. Na zona urbana, 6,2% e 4,6% das famílias estão em situação de insegurança moderada ou grave, respectivamente, enquanto na zona rural as proporções são de 8,6% e 7%.

Banco Alimentar

Última campanha do ano do Banco Alimentar Contra a Fome decorre sábado e domingo, com a participação de milhares de voluntários

Milhares de voluntários participam este fim-de-semana na segunda campanha do ano do Banco Alimentar Contra a Fome, com a recolha de alimentos que as delegações esperam ser produtiva em tempo de crise.
No Banco Alimentar de Leiria-Fátima está tudo a postos para dar início a mais uma recolha de géneros alimentícios, que deverá abranger pessoas carenciadas referenciadas por 53 Instituições Particulares de Solidariedade Social.
"Ansiedade" é a palavra que melhor descreve a equipa um dia antes do início da campanha dada a actual situação económica e financeira que o País atravessa.
Ainda assim, Adelino Simões mostra-se confiante com o sucesso de mais uma campanha. "Será produtiva, porque é a campanha do final do ano. É um momento próximo do Natal. As pessoas estão mais sensibilizadas para ajudar e isso reflecte-se na recolha de alimentos", referiu ao Diário de Leiria o responsável pelo Banco Alimentar de Leiria-Fátima.
O número de lojas onde os voluntários estarão a recolher os alimentos foi alargado em 10 por cento para a campanha deste fim-de-semana, com a adesão de Pedrógão Grande, pela primeira vez, e novos estabelecimentos comerciais em Pombal e Monte Redondo, num total de 59 espaços, a maioria pertencentes a cadeias de distribuição nacionais.
"Esperamos que possa colmatar as dificuldades de uns pela indisponibilidade de outros" para que "possamos ter um stock que garanta a manutenção do apoio" às famílias carenciadas, adiantou Adelino Simões.
A recolha de alimentos no Banco Alimentar de Leiria-Fátima será assegurada por cerca de 1.500 voluntários, distribuídos entre os postos de recolha, o transporte e o armazém, cujas equipas serão coordenadas por chefes de equipas, identificados com camisolas do Banco Alimentar.
Em Novembro do ano passado, foram recolhidos pelo Banco Alimentar de Leiria-Fátima 82 toneladas de alimentos. Na primeira campanha deste ano, que decorreu em Maio, os voluntários recolheram 70 toneladas de géneros alimentícios.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Dilma ( presidente brazileira) Reafirma Eliminação Da Miséria Como Compromisso Fundamental Do Novo Governo

A presidente eleita Dilma Rousseff disse durante reunião com a equipe de transição do governo nesta quinta-feira (18) que a busca da erradicação da miséria é um “compromisso fundamental” de sua administração.

De acordo com relato de pessoas presentes ao encontro, Dilma afirmou que recebeu uma “herança bendita” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na área e que, como muita coisa já foi feita, o desafio do novo governo será maior para avançar na área.

Dilma chegou por volta das 16h30 à reunião, que já havia começado e durou cerca de quatro horas. Antes da chegada da presidente eleita, os coordenadores da equipe de transição, especialistas e a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes, já discutiam o tema.

Segundo a ministra, os desafios de combater a fome e erradicar a pobreza extrema devem ser compartilhados com a sociedade. Ela afirmou que, para isso, Dilma tem a intenção de manter um fórum permanente com a participação de representantes do governo e entidades da sociedade para debater o tema.

Sobre medidas concretas para a área, Márcia Lopes disse que o ministério investe cada vez mais no diagnóstico de famílias que ainda estão em situação de miséria, para poder ampliar as medidas de assistência do governo a quem ainda passa fome.

Ela afirmou que em dezembro, em um evento de comemoração de sete anos do Bolsa Família, será anunciada uma nova ferramenta que traz o registro e o mapeamento de segmentos específicos da população em situação de pobreza, mais difíceis de serem identificados. É o caso de comunidades indígenas e quilombolas mais isoladas e da população que vive na rua, por exemplo.

OGE Para 2011 Vão Dar Pioridade ao Combate À Fome E Redução Da Pobreza


Luanda - A proposta de Orçamento Geral de Estado (OGE) para 2011 prioriza no curto prazo a aplicação de recursos destinados ao combate à fome e à luta pela redução da pobreza, indica uma mensagem do Presidente da República, José Eduardo dos Santos, à Assembleia Nacional.

A mensagem do Chefe do Executivo sobre a proposta de OGE foi lida pelo ministro de Estado e Chefe da Casa Civil da Presidência da República, Carlos Maria Feijó, na 15ª sessão plenária ordinária da Assembleia Nacional, que visa a discussão e aprovação do documento.

O projecto de  OGE para 2011 integra opções estratégicas de política económica e programas de acção do Executivo, indica a mensagem.

Sublinha que pretende resolver os problemas que mais afligem as populações através do aumento e recursos orçamentais dedicados ao sector social, combinado com uma política macro-económica que mantenha a inflação sob controlo, promova a criação de mais empregos e melhore a distribuição do rendimento nacional.

Aponta ainda o desenvolvimento de recursos humanos como prioridade, na perspectiva de se assegurar a desejada capacidade técnica.

Por essa razão, refere a mensagem do Presidente da República, o Executivo está a propor no OGE de 2011 para o trinómio “educação/saúde/protecção social”, o aumento de recursos para 31.5 porcento, contra os 30.3 porcento do OGE de 2010 revisto.

Destes, adianta, a quase totalidade é destinada a acções que elevam directamente a qualidade de vida das famílias, como a protecção social, educação, habitação e serviços comunitárias e da saúde, enquanto outros são dedicados à cultura e protecção ambiental, que também têm um impacto positivo, ainda que de forma menos directa sobre o bem-estar das pessoas.

Sublinha que, sem perder de vista essas prioridades, a proposta de OGE para 2011 mantêm as opções estratégicas aprovadas pela Assembleia Nacional quando discutiu e aprovou o OGE 2010 revisto, nomeadamente, a subordinação de documentos programáticos do poder executivo aos princípios da Constituição e a melhoria da gestão do erário público aos vários níveis da administração pública, central e local face à evolução recente da economia nacional e internacional.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Ambiente : Amarsul Concretiza Campanha “Dê O Litro Contra A Fome”

A AMARSUL, empresa responsável pela gestão, tratamento e valorização de resíduos sólidos urbanos da Margem Sul do Tejo, realizou no dia 12 de Novembro, a cerimónia de entrega do donativo ao Banco Alimentar Contra a Fome de Setúbal, resultante da campanha de solidariedade “Dê o Litro contra a Fome”.

O evento teve lugar no Ecoparque de Palmela da Amarsul, e contou com a presença da Vice Campeã Mundial de Judo, Telma Monteiro, que foi a imagem da campanha de divulgação do projecto.

A campanha teve como objectivo doar 1€ por cada tonelada de resíduos de embalagens de vidro (garrafas, frascos e boiões) recolhido na rede de ecopontos existentes na área de intervenção da Amarsul, manifestando assim o envolvimento em projectos de responsabilidade social.

O valor final apurado foi de € 5.614,66, que permitirá a esta instituição dar continuidade aos seus projectos e será convertido em bens alimentares, que irá ajudar as famílias que recorrem diariamente ao Banco Alimentar Contra a Fome de Setúbal.

A Amarsul agradece a todos os cidadãos da Península de Setúbal, que contribuíram para esta campanha.

33 Chilenas Fazem Greve De Fome Numa Mina

Por Redacção

Depois do resgate dos 33 mineiros chilenos, a história repete-se mas num tom de revolta. Um grupo de 33 mulheres chilenas resolveu fechar-se numa mina no sul do país e iniciar greve de fome.

Reivindicam trabalho e exigem a mesma atenção do Governo para o seu problema. «Batemos a várias portas mas ninguém nos ouviu, por isso optámos por este caminho e vamos seguir até ao fim», disse Cecília Bustos, uma das manifestantes, ao jornal chileno La Tercera.

As 33 mulheres, que vivem numa das zonas mais afectadas pelo sismo que atingiu uma parte do centro e sul do Chile em Fevereiro, exigem que seja reactivado um programa de emprego de emergência para as áreas de construção e limpeza de destroços (fonte de trabalho para milhares de pessoas).

Chiflón del Diablo foi a mina de carvão desactivada que escolheram para a greve de fome. Mas não são só as 33 chilenas que estão a 500 metros de profundidade que se manifestam. Uma centena de pessoas apoiam a causa à superfície. A razão para apenas 33 delas descerem à mina é simples: haver uma comparação directa com os mineiros resgatados que tanto mediatismo tiveram.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Fome E Miséria São Uma Vergonha Para O Mundo, Diz Ministro

Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Fome e miséria são uma “marca lamentável na entrada do século 21” e significam “uma vergonha para a humanidade”. As declarações são do ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, para quem a realização de campanhas públicas em prol da segurança alimentar nos países mais pobres é uma causa que precisa ser abraçada.

O ministro participou hoje (16) do Seminário sobre Aquisição Pública de Alimentos da Agricultura Familiar, que reúne desde ontem (15), em Brasília, representantes de países do Mercosul, da África e da Índia interessados em conhecer a iniciativa pioneira do Brasil nessa área.
Segundo Cassel, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) da Agricultura Familiar, gerido pelo ministério, garante uma organização estrutural do setor produtivo e funciona bem como estratégia emergencial, garantindo preços melhores dos produtos e a formação de estoques reguladores.
O representante da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Nutrição (FAO) para a América Latina e o Caribe José Graziano sugeriu inovações no PAA, tais como a possibilidade de fazer compras antecipadas. Isso, segundo ele, poderia baratear custos para os produtores familiares. Para ele, o PAA propicia "organização social e política no país e evita desvio de recursos, por ser gerido pelo governo federal e não pelos executivos municipais e estaduais".
Graziano defendeu que se eduque a população para o consumo paralelamente ao aumento da oferta de alimentos. Ele avaliou que está faltando orientação nutricional para as crianças brasileiras, pois um terço delas é obeso.
O diretor do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (ONU), Pedro Medrano, disse que o modelo brasileiro na área da compra de alimentos produzidos pelos pequenos agricultores pode ter contribuição importante para os países mais pobres do mundo. Segundo ele, o modelo está em análise pelo programa da ONU para se aprenda como essa dinâmica se dá no Brasil.
Para Medrano, será difícil derrotar a fome e a pobreza no mundo sem a institucionalização de políticas de ajuda às populações pobres, por parte de seus governos. O Programa Mundial de Alimentos da ONU é a maior agência humanitária do mundo, garantindo o fornecimento de gêneros alimentícios a 90 milhões de pessoas com carência nutricional em mais de 80 países pobres.

Ministra da Educação Portuguesa Desvaloriza A Dimensão Dos Casos De Fome Entre Alunos Portugueses

A ministra da Educação portuguesadesvaloriza a dimensão dos casos de fome entre alunos portugueses. Isabel Alçada diz que não há dados que permitam falar de uma situação grave e salienta a resposta dada pelas escolas portuguesas.
“Nós, neste momento, não temos um diagnóstico que nos diga que é grave. Todas as situações que exigem uma atenção especial e uma intervenção da parte dos professores e da escola têm sido tratadas. Nós não podemos também sobredimensionar as coisas e, ao identificar isto ou aquilo , parece que estamos, de alguma forma, a dizer que há um problema acima daquilo que existe”, afirma a governante.
A ministra da Educação esteve, esta tarde, na escola secundária Passos Manuel, em Lisboa, na assinatura de protocolos de parceria entre o Ministério da Educação, câmaras municipais e instituições culturais para o programa “Educação Estética e Artística”, destinado a desenvolver o gosto pelas várias formas de arte a crianças do pré-escolar e do 1º ciclo do ensino básico.
"O programa destina-se sobretudo a potenciar a capacidade educativa que as instituições culturais têm, associando-a às escolas", disse a ministra Isabel Alçada, sublinhando que a despesa com este programa já está "integrada" nos "projectos normais" do Ministério.